SANTA CATARINA – Reconhecido por Programa Aprendiz, MPSC recebe prêmio Ser Humano
“Comecei a sorrir mais e a saber que a vida ainda tinha muito a oferecer. Aprendi bastante sobre as leis, a como me comportar no trabalho, a ser um jornalista e uma pessoa melhor”, relata Gustavo Paes Amorim, ex-aprendiz do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Sua fala reflete a síntese do Programa Aprendiz, implementado pela instituição de forma pioneira no Ministério Público brasileiro: transformar trajetórias de jovens catarinenses em situação de vulnerabilidade, contribuindo para o seu desenvolvimento social e profissional. Por essa iniciativa, o MPSC conquistou o prêmio Ser Humano SC 2019 na categoria “Gestão de Pessoas – Desenvolvimento”, que foi entregue nesta quinta-feira (5/11), em transmissão ao vivo no canal do YouTube da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).
O prêmio Ser Humano SC tem como objetivo reconhecer estudantes, profissionais e organizações públicas e privadas que tenham contribuído de forma relevante para a evolução da prática de gestão de pessoas, a fim de promover o desenvolvimento humano e da organização. Participaram do evento os representantes da Comissão de Acompanhamento do Programa Aprendiz, o Coordenador de Recursos Humanos do MPSC e presidente da comissão, Andreas Jumes, a secretária da comissão, servidora da Coordenadoria de Recursos Humanos Juliana Martins Barreto Abreu, e a Secretária-Geral do MPSC em exercício, Promotora de Justiça Cristine Angulski da Luz.
“O Programa Aprendiz é uma iniciativa que orgulha muito o Ministério Público de Santa Catarina, e o reconhecimento, por meio da premiação, reforça a excelência do trabalho desenvolvido”, destaca Andreas. Por assegurar a formação técnico-profissional de jovens nas mais variadas situações de vulnerabilidade, Juliana afirma que a iniciativa “combate também a evasão escolar, coíbe o trabalho informal e infantil, viabilizando transformações importantes na vida dos jovens, na instituição e na sociedade”. Criado em 2016, o programa passou por uma ampliação no último ano, permitindo que mais jovens tenham a chance de participar e contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária. Além do aumento no número de vagas, o projeto passou a ser executado em mais oito cidades – São José, Palhoça, Balneário Camboriú, Joinville, Chapecó, Criciúma, Lages e Laguna – além da Capital.
Com a pandemia de covid-19, não somente o evento de premiação – previsto para acontecer no dia 19 de março de 2020 – precisou ser adiado, como também a rotina dos jovens que participam do Programa Aprendiz no MPSC precisou ser adaptada. Atualmente, Florianópolis tem treze aprendizes ativos e outros cinco atuam no interior do estado. A secretária da comissão de acompanhamento do programa conta que, devido à pandemia, o projeto teve continuidade a distância. “Na situação de adaptar o trabalho de forma remota, as entidades responsáveis pela seleção dos aprendizes e pelo desenvolvimento do programa anteciparam a carga-horária do curso que é realizado durante o programa. Assim, aulas que ocorriam uma vez na semana passaram a ser mais frequentes para que os aprendizes pudessem completar o curso em suas casas”, explica Juliana.
Anteriormente à pandemia, nos dois anos de contrato de aprendizagem firmado com o MPSC, os jovens trabalhavam quatro dias por semana nos setores administrativos da instituição e em um dia por semana participavam do curso técnico oportunizado pela entidade selecionada para o desenvolvimento do programa. Agora, os aprendizes que já concluíram o curso irão se dedicar exclusivamente à atuação no MPSC, seja por trabalho remoto ou no esquema de rodízio instituído pela instituição para o retorno gradual e seguro das atividades presenciais.