Santa Catarina: Campanha contra exploração sexual
Foi lançada nesta quarta-feira (15/5) a nova campanha pelo fim da exploração sexual comercial infantojuvenil. A campanha é realizada pelo Ministério Público e pelo Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil. O objetivo é sensibilizar a sociedade em geral, estimular a denúncia por meio do Disque Denúncia (Disque 100) e alertar para o fato de que, na maioria dos casos, o abuso sexual é cometido dentro de casa. Participaram do lançamento representantes das empresas de comunicação participantes da campanha e do Fórum presidido pela advogada Erli Camargo, além do Secretário-adjunto de Estado de Comunicação, Cássio de Quadros e da D’Araújo Comunicação, parceiros na campanha.
A nova campanha é composta por fôlder, cartaz, outdoor, anúncio para jornal e revista, comercial para TV e spot para rádio, que foram distribuídos às empresas de comunicação parceiras e às entidades participantes do Fórum. Foram impressos 100 mil fôlderes e 2 mil cartazes. O material já começa a ser utilizado para marcar a data de 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Todo o material publicitário é produzido pela Agência de Publicidade D/Araújo e, neste ano de 2013, conta com apoio financeiro do Governo do Estado. Nos anos anteriores, houve patrocínio de parceiros da iniciativa privada.
Em 2011, o Disque 100 recebeu 36.476 denúncias de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes, número que subiu para 40.799 em 2012. Em Santa Catarina, foram 1.013 denúncias pelo Disque 100 em 2011, o que significa 2,5% do total no país. Em 2012, foram 1.135 denúncias, ou 2,48% do total.
Durante o lançamento, o Promotor de Justiça Marcelo Wegner, Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (CIJ), comentou que apesar do aumento no número de denúncias, estima-se que haja um número maior de casos que não chegam ao conhecimento das autoridades, em torno de 80% a 90% do número de crimes desse natureza.
Wegner explica que o Ministério Público de Santa Catarina atua nas campanhas para auxiliar na elaboração dos textos, na distribuição dos materiais e na divulgação do tema entre os membros do Ministério Público a fim de estimular a realização de atividades nas comarcas.
Para o Procurador-Geral de Justiça, Lio Marcos Marin, o trabalho realizado pelo Fórum é exemplar por envolver a sociedade civil em um problema grave e que depende muito da conscientização do cidadão. “O primeiro passo para iniciar uma investigação é a denúncia. A participação da sociedade é essencial, denunciando e educando, para protegermos nossas crianças e nossos adolescentes”, comenta.
O Fórum Catarinense pelo Fim da Exploração Sexual Infantojuvenil é um movimento social, responsável pela articulação entre os atores do Sistema de Garantias e pelo fomento de uma agenda pública de enfrentamento à exploração sexual infantojuvenil nos municípios catarinenses. O Fórum surgiu em 1998, na cidade de Chapecó, quando cerca de 120 pessoas de diversas regiões e entidades governamentais e não governamentais se reuniram para discutir a criação de uma entidade que fosse capaz de enfrentar, de forma organizada, os problemas da violência e da exploração sexual de crianças e adolescentes no Estado.
Conheça a campanha no site do Ministério Público de Santa Catarina (www.mpsc.mp.br)