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MPRJ vai responsabilizar criminalmente quem comete atos de vandalismo

Em entrevista coletiva concedida no Palácio Guanabara, na manhã desta quinta-feira (18/07), o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, condenou os atos de vandalismo cometidos na noite de ontem e afirmou que o MPRJ irá responsabilizar aqueles que se infiltram nas manifestações para violar a ordem jurídica e atentar contra o Estado Democrático de Direito.

“Há uma distinção muita nítida entre os movimentos legítimos e democráticos que aconteceram neste país a partir de junho e a atuação isolada de grupos paramilitares, que se organizam através das redes sociais para realizar depredações e outros atos de vandalismo. O que se viu ontem foi um passeio pelo Código Penal, em que se percebia claramente a formação de quadrilha ou bando, crimes de dano ao patrimônio público e particular, furtos qualificados pelo arrombamento, além de delitos de incêndio, explosão e contra a incolumidade física dos policiais que faziam a segurança do local”, afirmou o procurador-geral de Justiça.

Após ser convocado para uma reunião de emergência pelo governador Sérgio Cabral, junto a outras autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Marfan explicou que agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP foram designados para acompanhar o ato da noite de ontem. Foram feitas gravações que deverão instruir as investigações a serem realizadas em conjunto com a Polícia Civil. Também estiveram no local promotores de Justiça vinculados à Auditoria Militar e o assistente da Procuradoria-Geral de Justiça e coordenador de Direitos Humanos do MP, Márcio Mothé.

Uma reunião foi convocada para a tarde desta quinta-feira no gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça para balizar as medidas a serem adotadas pelo Ministério Público. Estarão presentes coordenadores da área criminal e a promotora Patrícia Glioche, que acompanhará o inquérito aberto pela 14ª DP (Leblon) para investigar os fatos. Pelo menos nove pessoas foram detidas na noite de ontem e responderão a processo judicial.

Também participaram da entrevista a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Leila Mariano; o defensor público geral, Nilson Bruno; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. O governador Sérgio Cabral e autoridades de segurança do Estado também prestaram esclarecimentos.

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