MPPE recomenda interdição de abrigo para idosos em Limoeiro
Depois de constatar a precariedade da instituição que acolhe idosos no município de Limoeiro, a Vila São Vicente de Paulo, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do promotor de Justiça, Garibaldi Cavalcanti Gomes da Silva, recomendou a diretora da unidade a interdição do local em 30 dias. O promotor de Justiça pediu que os responsáveis pelo abrigo providenciassem a transferência dos oito idosos atendidos para suas famílias, ou outros estabelecimentos de abrigamento.
De acordo com informações coletadas pelo promotor de Justiça, a Vila São Vicente de Paulo seria mantida pela Sociedade Vicentina. Em visita ao local, o promotor verificou que a Vila conta com 20 casinhas, todas com quarto, sala e banheiro, sendo cada uma ocupada por um idoso. No momento apenas oito estão ocupadas. No entanto, o promotor de Justiça constatou a má conservação das casas e a total falta de estrutura para cuidar dos idosos. “O funcionamento é muito precário. Falta manutenção, limpeza e higiene. As casas estão infestadas de cupim e a estrutura está comprometida, comprometendo também a saúde e integridade física dos idosos”, explicou Garibaldi Cavalcanti.
Além disso, também comprovou que existe apenas uma funcionária para cuidar dos idosos. “É apenas uma pessoa para cuidar da comida, limpeza das casas e higiene dos oito idosos”, disse. Ele ainda acrescentou que o refeitório está desativado. “Imagino que essa pessoa deve levar a comida deles de casa em casa”, argumentou. O promotor de Justiça também verificou que não existe qualquer atividade educacional, esportiva, cultural ou de lazer, nem existe no quadro de funcionários pessoa com formação específica para cuidar dos idosos, ou profissional de saúde. “Se eles conseguirem se adequar nesses 30 dias, não será necessária a interdição, mas infelizmente, não vejo perspectiva de melhoramento, parece que os responsáveis estão mais interessados em manter a posse do local, do que cuidar de maneira apropriada dos idosos que abrigam”, queixou-se o promotor de Justiça.
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