MPPE discute situação dos matadouros na Circunscrição de Nazaré da Mata
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (Caop Consumidor) e promotora de Justiça Liliane Fonseca, realizou na manhã desta terça-feira (16), na 10ª Comarca de Nazaré da Mata, audiência pública para debater a situação dos matadouros da Circunscrição. A reunião contou com a presença da coordenadora da Circunscrição, promotora de Justiça Kívia Roberta de Souza; coordenador do Caop Meio Ambiente, André Silvani; os promotores de Justiça Sylvia Câmara (Aliança), Genivaldo Fausto (São Vicente Ferrer) e Maria Célia Meireles ( Macaparana); representantes da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro); associações; prefeituras; macheantes e fateiros dos matadouros.
A promotora de Justiça Liliane Fonseca, apresentou aos participantes o programa Carne de Primeira, idealizado pelo Caop Consumidor, mostrando a necessidade de falar sobre as questões dos matadouros públicos e privados no estado de Pernambuco. Por conta das questões de saúde pública, poluição ambiental e os transtornos que geram para o consumidor. “Estamos nos reunido para solucionar as questões que estão proibindo o funcionamento dos matadouros municipais, não queremos que a falta de cuidados desde o abate do animal até a venda venha não só prejudicar o consumidor, como muitos dos presentes aqui que trabalham diretamente com isso”, explicou a promotora de Justiça Liliane Fonseca.
Em seguida, os promotores presentes falaram sobre os relatórios que receberam da Adagro. Em Aliança, a promotora de Justiça Sylvia Câmara, informou que no laudo consta que os sangues e detritos são jogados direto em uma lagoa próximo, contaminando assim a água, o solo e o ar.
O promotor de Justiça, André Silvani, explicou a importância de todos cuidarem do meio ambiente e não deixar essa responsabilidade apenas para os governantes, e ressaltou que em todo o Estado ainda não se utiliza a pistola para sacrificar o animal. “Essa reunião serve para discutirmos a situação e decidir qual a melhor decisão para a sociedade em geral, é fácil notar que estamos muito longe do básico solicitado para se trabalhar nos matadouros, hoje em Pernambuco não temos nenhum matadouro que realize o abate humanizado, que é realizado com a pistola e não causa nenhum estresse ao animal”, concluiu Silvani.
O representante da Adagro, chefe da Unidade Estadual da Inspeção Animal, Ednaldo Siqueira, enfatizou que a Agência orienta prefeituras e trabalhadores, mas que não pode deixar de fiscalizar e solicitar os reparos necessários para a segurança dos trabalhadores, assim como dos produtos que vão ser oferecidos aos consumidores.
No final, Liliane Fonseca agradeceu a presença dos quase 50 presentes na reunião, e informou que com isso os promotores de Justiça terão um maior conhecimento da atual situação dos matadouros municipais para tomar as medidas necessárias.
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