Skip links

MINAS GERAIS: Operação Pedra de Raio apreende mais de 30 peças arqueológicas em quatro estados

 

 

Operação Pedra de Raio apreende mais de 30 peças arqueológicas em quatro estados
 
Em ação articulada, Ministérios Públicos de MG, SP, BA e RO apreenderam machados, socadores, pontas de flechas e batedores que estavam expostos à venda pela internet
 

Os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MPMG), Bahia, Rondônia e São Paulo, em ação conjunta, apreenderam mais de 30 peças arqueológicas que estavam sendo expostas à venda pela internet. Para realizar o trabalho de busca e apreensão dos objetos, amparado por ordens judiciais, foi desencadeada a operação Pedra de Raio, que teve início logo após recebimento de denúncia pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, em abril deste ano.

As peças arqueológicas – machados, pontas de lança, batedores e socadores – estavam sendo expostas no site Mercado Livre.

Os responsáveis pela oferta poderão responder por crime de receptação qualificada por terem se apropriado indevidamente de bens integrantes do patrimônio público e os oferecido à venda pela internet. A pena prevista para o crime é de três a oito anos de reclusão e multa.

Logo após tomar conhecimento dos fatos, a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais iniciou as investigações com auxílio do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do MPMG, com o objetivo de impedir a prática ilícita, pois a Lei Federal 3.924/61 veda a comercialização de tais objetos.

No primeiro momento, o MPMG identificou os responsáveis pelos anúncios no site, constatando que os objetos, de características pré-históricas, estariam nos municípios de Monte Belo (Minas Gerais), Suzano (São Paulo), Alvorada d´Oeste (Rondônia) e Casa Nova (Bahia).

Em Monte Belo foram apreendidas cinco peças (três machados e dois possíveis batedores) que foram encaminhadas pelo MPMG, nessa quarta-feira, 8 de julho, à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Belo Horizonte, para fins de perícia.

Segundo o coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda, a operação Pedra de Raio representa um grande avanço no combate ao comércio clandestino de bens culturais no Brasil, pois demonstra que está havendo articulação entre as instituições, o respaldo do Poder Judiciário e o apoio dos órgãos de proteção ao patrimônio cultural.

Pedra de raio é o nome pelo qual os objetos arqueológicos líticos são popularmente conhecidos por lavradores que encontram fortuitamente tais peças, pois há uma antiga lenda segundo a qual essas pedras atrairiam descargas atmosféricas.

 

Ministério Público de Minas Gerais
Superintendência de Comunicação Integrada
Diretoria de Imprensa
Tel: (31) 3330-8016/3330-8166
Twitter: @MPMG_Oficial

Nosso site utiliza cookies para aprimorar a sua navegação