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PARÁ: MP, PC e PM realizam Operação “Efeito Dominó” no combate ao jogo do bicho

A ação iniciou por volta das 3 horas da madrugada em três estados brasileiros Pará, Rio de Janeiro e Bahia. 62 pessoas foram presas sendo 32 pessoas só na capital Belém, duas na Bahia e 1 no RJ, outras no interior do Pará. Cerca de 500 pessoas entre membros do Ministério Público estadual, policiais civis e militares participaram da Operação. IMG 3681 EDITADA1

“Hoje estamos resgatando uma dívida histórica, tanto do sistema de segurança como do sistema de Justiça desse Estado. Por isso sinto orgulho de ter participado dessa operação e agradeço em nome do Ministério Público”, disse o promotor de Justiça Milton Menezes ao lado dos promotores de Justiça Arnaldo Azevedo e Danilo Colares, este atuou na região nordeste do Pará.

Os três promotores e mais 12 agentes do Grupo de Atuação especial de combate ao crime organizado (Gaeco) do Ministério público estadual com mais 500 pessoas entre policiais civis e militares participaram da mega-operação na madrugada desta sexta (6) que estourou empresas que operam com jogo do bicho em Belém e no interior do Estado do Pará.

O braço da megaoperação agiu também nos estados do Rio de Janeiro e Bahia e prendeu três pessoas do alto comando do jogo do bicho.

Até as 13 horas de horas já somavam 62 prisões entre temporárias e preventivas. Foram expedidos 49 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão pela justiça do Pará, RJ e BA.

Segundo o delegado Ricardo Cassapietra do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil “essa organização se modernizou, tornou-se eficiente e está cada vez mais forte. A exploração do jogo do bicho é hoje um sistema sofisticado”.

“Hoje sete pessoas estão no alto comando do jogo do bicho no Pará articulados com os chefões do RJ e BA com os braços estendidos por todo o território brasileiro.” IMG 3709 EDITADA

Os presos na operação “Efeito dominó” responderão “por lavagem de dinheiro; formar cartel de empresas para recarga de celular em todo o Brasil – configurando crime contra a ordem econômica e contra a economia popular”, explicou o promotor Menezes.

Segundo o promotor os bens móveis e imóveis comprados com o dinheiro do jogo do bicho serão seqüestrados e as contas bancárias bloqueadas.

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Há suspeitas – ainda em investigação – de que a organização criminosa do jogo do bicho usou laranjas para compra de imóveis em Belém. Calcula-se que 10 a 20% desses imóveis em prédios na capital Belém foram adquiridos pelos chefões do jogo do bicho.

Houve ainda busca e apreensão de equipamentos de jogo de bicho, máquinas para cartões de crédito que também operam para recarga de celulares.

“Este é um trabalho combinado que dá lucro a muita gente. Só em Belém há 2.000 pontos de jogo do bicho sem contar com a região metropolitana”, conta o promotor.

“Na empresa Parazão que inclusive tem CNPJ – localizada no bairro de Canudos, subúrbio da cidade, havia mais de R$800 mil em espécie sendo 600 mil de jogo e 200 mil de recarga de celular”, informa o promotor. 

“Foram recolhidas muita documentação inclusive relativos a compras de móveis e imóveis. Todo esse material apreendido está sendo periciado analisado e conta com ajuda de cinco técnicos da Receita Federal”, informou ainda o promotor Menezes. 

Menezes disse ainda que nesses 15 meses de investigação constatou-se que a organização criminosa do jogo do bicho se sofisticou. Virou uma empresa moderna especializada em explorar o lucro a qualquer custo.

Texto: Edson Gillet
Fotos: Edyr Falcão texto e Gaeco

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