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PARÁ: MPPA e Sespa discutem em Fórum a saúde perinatal

O fórum discutiu o alto índice de crescimento da Sífilis congênita, a situação dos laboratórios e questões relativas à saúde da mulher e recém-nascidos

Como membro do Fórum estadual de saúde perinatal o Ministério Público do Estado do Pará reuniu nesta sexta (10) com técnicos da secretaria de estado de saúde pública (Sespa); da área de saúde de municípios da Região Metropolitana I – Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara e técnicos do Laboratório Central do Pará (Lacen). O Fórum debateu com técnicos do estado e dos municípios questões como a Sífilis congênita e questões relativas à saúde da mulher e dos recém- nascidos.

SÍFILIS

Dados da Santa Casa sobre a Sífilis Congênita apontam para um aumento para 44 casos/mês isso vem preocupando as autoridades da área da saúde pública. Segundo a promotora de Justiça titular da Promotoria de Saúde do Ministério Público estadual Suely Aguiar Catete o encontro é referencia para se discutir as questões operacionais das políticas públicas principalmente relativas à Atenção básica da saúde. A promotora comentou sobre o alto índice de crianças que nascem com sífilis congênitas, ponto central na discussão entre os membros do Fórum.

“Crianças nascendo com sífilis congênitas. O índice é muito elevado. E quando se verifica isso, se constata que, na realidade, não está acontecendo à atenção básica nos municípios. Não estão ocorrendo os pré-natais, eles não estão sendo feitos de forma escorreita”.

Alerta para o fato de que: “os testes rápidos de sífilis que estão sendo disponibilizados para todos os municípios e unidades de atenção básica não estão ocorrendo. Isso é uma situação bem grave. Mas ainda bem que a gente tem a presença do Ministério da Saúde que também corre atrás para verificar o que está acontecendo”.

Sobre a atuação do Ministério Público a promotora diz que aqui no “Ministério Público nós temos um procedimento em que nós acompanhamos isso. Quer dizer, hoje nós já temos a questão do Estado fazendo os estudos de casos sobre a morte materna infantil, sobre o número de sífilis que não se discutiu. Então estamos realmente colocando à vista da sociedade, vamos dizer assim, do que vem ocorrendo”.

Sobre o encaminhamento da discussão sobre o assunto, a promotora esclarece que: “já foi tirado como uma das medidas hoje no Fórum sobre a questão de se verificar do porque os municípios não estão fazendo o teste rápido. E já se verificou que, na realidade, a responsabilidade de fazer esse treinamento é do Estado. E ele não está fazendo, não está capacitando. E a pessoa que recebeu a capacitação não pode transferir tudo. É norma do Ministério da Saúde que o Estado é que tem que capacitar todo mundo”.

A técnica Josie Rodrigues Vieira do Nups/Sesma que fez a exposição de alguns dados preliminares de sífilis congênita no município e alguns dados de sífilis em gestantes comentou sobre os dados apresentados relativos à sequência de nascimentos nos municípios no período 2013 a 2014.

Enfatizou sobre o aumento de 44 casos por mês registrado em outubro e esclareceu sobre as medidas e as estratégias que estão sendo tomadas, em nível de municípios.

“O que está acontecendo é: a descentralização dos testes rápidos de sífilis, HIV e, posteriormente, outras hepatites virais. Então o que nós estamos fazendo: diagnosticando. Estamos diagnosticando mais por conta da melhoria do acesso aos testes rápidos de sífilis, que é a primeira que expande”, explicou.

O Fórum estadual de saúde perinatal é constituído de Hospitais e Maternidades da Região Metropolitana, profissionais e estudantes da área da saúde, Universidades, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Sindicato dos médicos, associações médicas, entre outros.

 

Texto – Edson Gillet
Fotos – Edyr Falcão e Letícia Miranda (graduanda em jornalismo)
Assessoria de Imprensa

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