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Integrantes do grupo de extermínio Thundercats vão a julgamento nesta quarta e quinta-feira

O julgamento de oito dos 12 integrantes do grupo de extermínio Thundercats, que agia na Região Metropolitana no Recife (RMR), será realizado nesta quarta e quinta-feira (3 e 4), a partir das 9h, no Fórum Thomás de Aquino. O júri foi adiado duas vezes: em 21 de maio, a defesa alegou que havia assumido o caso há apenas dois dias, o que impossibilitaria a análise detalhada dos autos; e em 4 de junho não pode ser realizado devido à ausência de defensores públicos. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) será representado pelo promotor de Justiça José Edivaldo da Silva, juntamente com os promotores de Justiça Sílvio Tavares, Antônio Arroxelas e Edson Guerra.

Para os representantes do MPPE, os adiamentos representam perdas para a sociedade que espera uma definição a respeito dos acusados. O promotor de Justiça José Edivaldo da Silva espera que não haja mais adiamentos e que a análise das provas possam ser feitas em um julgamento com todos os acusados. Este é o segundo julgamento do grupo que começou a ser desbaratado em abril de 2007.

Serão julgados os réus José Marcionilo da Silva (conhecido como Tiago), Humberto Dias da Silva (Beto), Anderson Leonardo Nunes Cunegundes (Salsicha), Gerlando Feliciano da Silva (Ninho), Everaldo Lima de Souza (Mago), Anderson de Oliveira Mendonça (Bochecha), José Jairo de Moura Cavalcanti e Aluisio Sandro de Lima (Sandro).

Os réus vão a júri por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. O julgamento diz respeito aos assassinatos de Luciana Barros da Silva (morta em 23 de março de 2007, depois de denunciar a quadrilha) e Tiago Corte Real Sales (em 26 de julho de 2006). De acordo com a denúncia entregue pelo MPPE, a mulher foi assassinada com dez tiros porque estaria repassando à polícia informações sobre a atuação criminosa do bando. O crime contra a Luciana Barros foi praticado, segundo os autos, na presença dos cinco filhos e dos pais dela, inclusive a mãe, Vera Lúcia Barros da Silva, também atingida de raspão.

José Marcionilo, conhecido como “Tiago”, é considerado o chefe do bando, baseado no bairro de Jardim São Paulo, e acusado de comandar as atividades relacionadas a extermínio, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, assaltos, assassinatos e extorsão dos moradores do bairro, impondo a essa população o pagamento de taxas, sob a ameaça de morte. De acordo com a confissão dos próprios Thundercats, a maioria dos homicídios ocorridos nos bairros de Cavaleiro, Milagres, Jardim São paulo, Pacheco, Totó, Coqueiral Barro, Areias e San Martin, foram praticados pelo grupo de extermínio.

Jairo era o braço direito do Tiago e responsável pelo dinheiro do tráfico. Anselmo Vieira da Silva (que não vai a julgamento, pois está foragido) seria responsável pela cocaína e crack. Everaldo era o proprietário da loja Real Informática e responsável pela segurança do grupo. Sandro era proprietário da loja de informática denominada Sou Informática e financiava as armas e munições para a quadrilha, se beneficiando dos produtos roubados pelo bando e também responsável pela lavagem de dinheiro referente ao tráfico. José João da Silva e José Pedro da Silva (ambos foragidos) são responsáveis por vender maconha.

 

Os Thundercats foram descobertos pela inteligência da Polícia Civil em janeiro de 2007. Na época, a Operação Ponta do Iceberg descobriu que o grupo era integrado por policiais militares, soldados da Aeronáutica, delegados e agentes de polícia civil e comerciantes.

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