O promotor de Justiça Militar Armando Brasil participou hoje da entrevista coletiva realizada pelo Governo do Estado no Comando Geral da Polícia Militar sobre as dez mortes registradas ontem e na madrugada desta quarta-feira. Participaram também da coletiva o secretário de segurança Luiz Fernandes Rocha e o tenente coronel Daniel Borges.
Os representantes do poder público afirmaram que será investigada a relação entre a morte do cabo Figueiredo e esses outros dez crimes, pois, inicialmente, seis deles apresentam características de execução.
O Gabinete Interinstitucional para Gerenciamento de Crise, composto por integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público do Estado e Guarda Municipal, foi convocado para acompanhar os últimos acontecimentos e tomar as providências
“O Ministério Público do Pará, por meio da Promotoria de Justiça Militar, já está acompanhando junto à Corregedoria-Geral da Polícia Militar as investigações. Se ficar confirmada a participação de policiais da corporação nesses crimes, será movida a devida ação penal, bem como os envolvidos podem ser expulsos, pois vou requisitar a instalação do conselho de disciplina”.
Quanto às informações de novos atos e crimes previstos para hoje, que estão se espalhando pelas redes sociais, o promotor de Justiça Armando Brasil tranquiliza. “A população não deve entrar em pânico. Há muitas pessoas se aproveitando da situação e espalhando boatos pela internet, tentando criar uma situação de caos. São vídeos, áudios e fotos que não tem relação com os fatos ocorridos ontem e que estão sendo forjados para disseminar o pânico”, disse Brasil.
Texto: Edyr Falcão
Foto: Bruno Magno/ORM News