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MPRJ arquiva inquérito contra manifestante e investiga PM que o prendeu

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro encaminhou à Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar o inquérito em que Bruno Ferreira Teles é acusado de atirar um coquetel molotov em PMs, na manifestação ocorrida em 22 de julho, no Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado. Depois de promover o arquivamento do inquérito decorrente do auto de prisão em flagrante do manifestante, a promotora Janaína Vaz Candela Pagan considerou que as condutas do policial Diego Luciano de Almeida, que prendeu Bruno e o apontou como responsável por ter jogado o artefato explosivo, devem ser investigadas.

O pedido de arquivamento foi feito na tarde de segunda-feira (29/07) e acatado no mesmo dia pela juíza Ana Luiza Coimbra Mayon Nogueira, da 21ª Vara Criminal.

O Ministério Público entendeu que a palavra isolada do policial Diego “não configura indício suficiente de autoria a justificar a deflagração da instância penal, em não havendo outras provas”. A promotora destaca ainda que, na perícia realizada pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP, as imagens da manifestação mostram que Bruno não estava posicionado no local de onde os artefatos foram arremessados.

Em depoimento na delegacia, o PM Diego Luciano de Almeida disse que viu Bruno Teles recebendo da mão de outra pessoa um explosivo e arremessando na direção dos policiais (dois deles sofreram queimaduras). Depois disso, ele participou da perseguição e prisão do manifestante, que foi imobilizado com o uso de um tazer.

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